As medidas do novo governo para a habitação A estratégia do novo governo prevê 30 novas medidas para resolver a crise na habitação. 25 jun 2024 min de leitura O novo plano “Construir Portugal” pretende incentivar a oferta de habitação, promover a habitação pública, devolver a confiança a todos os intervenientes, fomentar a habitação jovem e assegurar a acessibilidade na habitação. O Governo vai avançar com medidas como o desbloqueio de 25 mil casas que integram o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR); a mudança da lei dos solos, que permitirá o uso de solos rústicos para soluções sustentáveis de Habitação, como o arrendamento acessível, habitação a custos controlados ou a disponibilização de casas de função para professores, forças de segurança, trabalhadores agrícolas, industriais e setor do turismo. A nova estratégia para a habitação prevê a isenção de IMT e Imposto do Selo para os jovens até aos 35 anos nos imóveis até 316 mil euros, valor correspondente ao quarto escalão do IMT; uma garantia pública aos jovens para viabilizar o financiamento bancário na aquisição da primeira casa; bem como a reformulação do programa Porta 65, acabando com exclusões em função de limites de rendas. Foi ainda revogado o arrendamento forçado, garantindo assim o respeito pelo direito de propriedade, assim como a contribuição extraordinária sobre o alojamento local, bem como a caducidade das licenças, deixando a regulação para os municípios, permitindo assim a distinção de diferentes realidades locais. NOVAS MEDIDAS Incentivar a oferta: disponibilização de imóveis e redução de custos Disponibilização de imóveis públicos para habitação (build to rent) com renda/preço acessível (90 dias); Regime legal semi-automático de aproveitamento de imóveis públicos devolutos ou sub-utilizados por presentação casuística de projeto de habitação; Alteração da lei dos solos para permitir o uso de solos rústicos para soluções sustentáveis de Habitação: •Habitação a custos controlados; •Arrendamento acessível; •Alojamento temporário (reforço BNAUT); •Oferta para casas de função: professores, forças de segurança, trabalhadores agrícolas, industriais e setor do turismo. Criação de bónus construtivo (aumento dos índices e limites de densidade urbanística): habitação a custos controlados, arrendamento acessível, alojamento temporário; Novas centralidades urbanas na envolvente das zonas de pressão urbanística, com planos urbanísticos sustentáveis: coordenação com o desenvolvimento da oferta de transportes; Garantia do Estado a crédito para construção de cooperativas com entrega de terreno público; Linhas de crédito para promoção do build to rent; Pacto com agentes do sector para aumento da capacidade construtiva – estabilidade da capacidade produtiva, industrialização do processo, atração e qualificação de mão-de-obra residente; Redução de IVA para a taxa mínima de 6% para as obras de reabilitação e construção de habitação, com limites em função dos preços; Desbloqueio de 25.000 casas do PRR com adoção de termo de responsabilidade das Câmaras Municipais, de modo a acelerar os processos; Reforço de financiamento para viabilizar o desenvolvimento de milhares de outros fogos candidatos, mas não financiados no PRR; Robustecer a capacidade de promoção do IHRU através da Construção Pública EPE, na realização dos fogos do Programa de Arrendamento Acessível. Devolver a confiança no arrendamento Revogação do arrendamento forçado; Revogação da medida do Mais Habitação de garantia e substituição do Estado como arrendatário; Correção das distorções introduzidas ao regime de arrendamento urbano nos últimos 8 anos Criação do contrato de investimento para built to rent e available-to-let. Simplificação legislativa Possibilitar constituir um ou mais contratos de seguro através de um prestador que não seja o da preferência do mutuante; Regulamentação, aprofundamento e aperfeiçoamento da legislação de desburocratização e simplificação administrativa urbanística; Aprovar o código da construção; Implementação da utilização metodologia BIM e aproximação de plataformas municipais de licenciamento de interface com os agentes económicos; Adequar o conceito de custos controlados e renda acessível para refletir o segmento de habitação acessível em cada local/momento, gerando maior previsibilidade e perenidade ao mercado; No alojamento local, revogação da CEAL (contribuição extraordinária), da caducidade da licença e transmissibilidade, da alteração do coeficiente de vetustez (imposto de antiguidade do prédio urbano); Criação do Portal do IHRU para acompanhamento dos processos de candidaturas. Fomentar a habitação jovem Garantia Pública aos jovens para 24 viabilizar o financiamento bancário; Isenção IMT e IRS jovem: isenção dos jovens até aos 35 anos nos imóveis até ao 4º escalão; Reformulação do Porta 65: para colocar a realidade económica do jovem em primeiro lugar, acabando com exclusões em função de limites de rendas. Assegurar a acessibilidade na habitação Programa de emergência para o alojamento estudantil; Implementação do Plano Nacional de Alojamento 2025-26 com a oferta de mais 18.000 camas; Agilização dos programas de subsídio de renda, eliminando as restrições, designadamente nas caducidades; Criação de regulamento de transição entre as rendas apoiadas e renda acessível, por forma a garantir a não existência de descontinuidades nos apoios. Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado