MTIC e TAN: porque são importantes no crédito habitação? É importante perceber o que são estes indicadores e como podem afetar o valor da sua prestação mensal. 27 dez 2023 min de leitura O MTIC e o TAN são duas variáveis importantes a ter em conta quando se contrata um crédito habitação. No caso do MTIC, por ser a soma do montante total do capital de empréstimo com os custos associados ao crédito, incluindo juros, comissões bancárias, impostos e outros encargos. Em regra geral, quanto mais elevada for a taxa de juro, mais elevado será o MTIC, uma vez que os juros a liquidar serão maiores. Da mesma forma, quanto maior for o prazo contratado, à partida mais elevado será o MTIC, na medida em que se pagarão mais juros. A TAN, a Taxa Anual Nominal, tal como o próprio nome indica, é uma taxa anual utilizada em operações que envolvam o pagamento de juros, expressando assim os juros do empréstimo. Por ser um indicador que não inclui impostos nem outros encargos com o crédito, não deverá servir de termo de comparação entre empréstimos. No caso dos empréstimos a taxa variável, a TAN corresponde ao valor do indexante acrescido do spread. MTIC – Montante Total Imputado ao Consumidor O MTIC corresponde ao montante total que o cliente terá de pagar à instituição, durante todo o período do empréstimo. Este valor é especialmente relevante no momento que contrata o crédito. No entanto, ao longo da vigência do seu empréstimo, a taxa de juro ou outros encargos podem ser alterados. Nos contratos com taxa variável, como é o caso do crédito à habitação indexado à Euribor, o MTIC torna-se meramente indicativo, uma vez que a prestação mensal estará dependente das oscilações do mercado, devido à flutuação das taxas de juro. Se as demais caraterísticas do crédito forem semelhantes, um crédito com a taxa de juro mais elevada terá um MTIC mais elevado, uma vez que os juros pagos serão superiores, e um crédito a prazo mais longo terá um MTIC mais elevado, porque terá pago mais juros por esse crédito do que num crédito semelhante com prazo mais curto. O MTIC do crédito é indicado na informação pré-contratual que é fornecida ao cliente na Ficha de Informação Normalizada (FIN), e na Ficha de Informação Normalizada Europeia (FINE), no caso do crédito à habitação e de outros créditos garantidos por hipoteca. Para calcular o montante total imputado ao consumidor, é necessário somar o montante do empréstimo + total de custos (juros + comissões + despesas + impostos + seguros). TAN – Taxa de Juro Anual Nominal A taxa de juro anual nominal corresponde à taxa a que são cobrados os juros dos empréstimos. Como a TANé o indicador do valor que irá pagar de juros, difere consoante o contrato de crédito tenha taxa de juro fixa ou variável. Nos empréstimos com taxa de juro variável, a TAN corresponde à soma do spread e do indexante. Este é um indicador processado anualmente, e para calcular o seu valor mensal é necessário dividi-lo em 12 prestações. Se o cálculo for semestral deve dividir-se esse valor por dois, e por quatro caso se trate de um valor trimestral. Podemos dizer que esta é uma taxa de juro limpa, sem bonificações de spread, sem contratação de outros produtos, nem despesas adicionais ao empréstimo. No entanto, um crédito para comprar casa é muito mais do que os juros que tem de pagar todos os meses, por isso, deve prestar atenção a outros indicadores como ao MTIC e a TAEG. Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado